quarta-feira, 30 de setembro de 2009

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Palavras, são palavras que definem o senso comum do senso abstracto da grande questão, de uma questão de compreensão sobre o que se pretende dizer… E quando não se diz nada, o que é que se pode compreender?
As expressões não podem conjugar nem excomungar o abstracto da compreensão, mas podem justificar o real sentido da frase indirectamente solta…
E se…
Esquece os meus “e ses…” que eu tentarei esquece-los também… Mas hoje tive a sensação de me querer explicar e não conseguir dizer nada do que realmente queria dizer! Compreensão?
Não, hoje foi mesmo o sentido de não conseguir falar perante ti!
Porque são palavras, meras palavras que definem o senso comum do real sentimento que se quer transmitir…

Mas e se ninguém falar?

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quando as verdades não são medidas…

Da teimosia do meu signo “Carneiro” solto palavra de sentimentos verdadeiros e espontâneos, solto e conjugo frases que por vezes são sentidas demais do que o sentimento permite, solto palavras não medidas e julgo-me a mim com palavras que dirijo a alguém de quem por acaso até posso gostar!
Hoje soltei palavras que não devia, julguei-te e simplesmente não o deveria ter feito, julguei como se fosse o dono e senhor da eterna razão, palavras “desmedidas” do meu signo, é nessa estranheza que senti no momento seguinte que percebi da imensidão da minha brutalidade quando me sinto magoado, e nessa imensidão torno simplesmente um ser irracional, um ser de curto raciocínio lógico, e expludo com todas as sinceras palavras que se mantiveram presas dentro de mim, que se enclausuraram no meu medíocre ser! A quem nunca aconteceu? A mim torna-se um hábito, nesse aspecto sou um “monge”, ou não fossem os monges feitos de hábitos!
Sem saber a tua verdade julguei-te com a minha, fiz do meu julgamento a decisão final, não ouvi a tua defesa e condenei-te… Desculpa! Por vezes as verdades são dúbias, e têm duas versões, mas a mediocridade do ser humano, do ser irracionalmente humano, faz com que só se consiga ver uma das verdades paralelas, e faz-se sentir na obrigação de se viver incondicionalmente essa mesma ordem de razão inexistente!
E então, em que ponto de situação ficamos, quem tem a maior verdade, ou melhor, a verdade mais verdadeira? Depende do ponto de vista, mas, mas sobreviverá quem souber ou conseguir ver as duas verdades e aceitá-las… Sem juízos de valor, nem juízos vulgarmente enganosos… Da palavra séria da minha verdade de onde pressuponho que sai do meu signo “carneiro”, e da vontade de ser frontal, de tal frontalidade que machuca por vezes só pela maneira de querer dizer o que sente e a quem sente “amizade”… Do meu signo vem nascer a palavra “directo”, no sentido de não utilizar meias palavras, penso, e ajo, não meço medidas nos seu prós e contras…
Seja qual for o motivo de uma decisão sinto que infelizmente a minha sinceridade machuca… E por isso peço desculpa a todas as pessoas que machuquei com a sinceridade que me foi implícita pela vontade de um signo, um signo que simplesmente me descreve na perfeição ou não fosse o meu signo “Carneiro”

sábado, 26 de setembro de 2009

Sem palavras para dizer

E parece algo de impossivel em mim... Não tenho palavras, simplesmente não as tenho! E o melhor, o melhor é que consigo sorrir com muita vontade, eis que o ego se eleva e se desmancha na tentativa de se superar a si mesmo, somente isso, superar! Já mais nada importa, já superei sozinho o meu eterno e irreconhecivel destino... Qual destino? Palavras? Hoje não as tenho, hoje sonhei em ser outra vez eu... E não é que consegui?

Por isso deixo a minha definição...


Vive a vida a cem por cento. É obstinado, corajoso e nunca se dá por vencido
É um líder por natureza. Sabe o que quer e faz tudo para o alcançar, não precisa de ajuda para o conseguir, até porque é um individualista. Vive a vida a cem por cento. É obstinado, corajoso e nunca se declara vencido. Convive mal com a mentira e com a astúcia. É directo e frontal e não gosta de jogos de bastidores ou de se sentir manipulado. Quando é contrariado ou sempre que o obrigam a fazer alguma coisa contra a sua vontade, provoca tanta confusão, que os seus opositores acabam por ceder para terem o sossego de volta. É um idealista. Está sempre na linha de frente para lutar ou para se manifestar contra uma injustiça. No amor é muito possessivo e ciumento. Sujeito a paixões fulminantes. Sente-se atraído pelo signo que lhe é oposto – Balança (Libra) . Aprecia nele o que lhe falta: harmonia e equilíbrio. Entende-se bem com Sagitário e com Leão. Dá-se menos bem com os signos de água (Aquário, Caranguejo (Cancêr) e Peixes), porque apagam o seu fogo.


(ok..esta muito resumido, mas também não queiras saber mais do que eu)


Eu, eu sem palavras, sem palavras sou pó!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mentiras são Verdades depois de se realizar!

Mais um dia em claro, mais um dia que passa sem eu próprio saber o que pensar, o que dizer, ou até mesmo como agir! Somente mais um dia, um dia como tantos outros, um dia que se não disser, é somente uma imagem igual ao de ontem, ao do mês passado, ou até mesmo quem sabe, o do ano passado! Dias, são dias em que oiço e continuo a ouvir as palavras mais doces que nunca se desvendaram, que nunca foram ditas no seu mais sentido literário… Ouvi as verdades que nunca se concretizaram e ouvi mentiras que foram verdades!
As mentiras, o que são as mentiras se poderão mais tarde se concretizar, mentiras são verdades ainda não concretizadas, verdades que ainda não se realizaram, e ouvir palavras doces de bocas amargas, são verdades que nunca se poderão confirmar!
Vivo de verdades não concretizáveis, verdades que serão somente palavras soltas numa determinada conversa, numa determinada tarde de verão numa esplanada qualquer… Vivo de verdade que se pintam, que se camuflam ou até mesmo na palavra simples, que se escondem! Escondem-se de serem um dia mentiras, mas poderão até mesmo se esconder das verdades concretizáveis, das verdades que poderão vir a ser reais!
O meu mundo pinto-o de mentiras coloridas, mentiras que me esforço para serem verdades, mentiras que serão verdades de amanhã, dessas mentiras sou visionário, leio na palma da minha mão essas mentiras que serão concretizáveis, tornando-se nas verdades do amanhã!
As palavras que da tua boca ouvi, por mais juradas e sentidas como verdades, sempre foram mentiras, hoje sei distinguir essa sensação de decisão, essa sensação de absorver as tuas verdades imaginárias, essas verdades que sempre foram mentiras, tornando as minhas mentiras uma verdade que se realizou, os meus porquês, o meus “e se”, até os meus “mas”, fizeram-me aperceber da necessidade que sentias em utilizar essas “inverdades”, hoje apercebi todo o seu sentido lógico, de uma lógica sem sentido, mas com orientação para se tornar apenas uma verdade momentânea, uma verdade de curta duração… Mas sim, das minhas palavras amargas de juras eloquentes de tentar sempre perceber, das minhas eloquentes mentiras, soltei mentiras que seriam concretizáveis, mentiras que seriam as verdades do meu futuro… E nisto, perco-me no meu próprio raciocínio, perco-me na solidão de uma verdade esquecida, de uma verdade fictícia, de uma verdade somente imaginada, e guardo, guardo a solidão das minhas palavras das mentiras, destas minhas mentiras que são verdades depois de se realizarem!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Shiu!

Não tenho palavras, prefiro manter-me no silencio do meu abstracto do que na certeza das conversas idiotas!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Tic-Tac's

Tic-Tac Tic-Tac Tic-Tac, o relógio que me avisa com antecedência que o tempo se mantém no seu caminho, indiferente ao desejo de seja de quem for, mantém o caminho de simplesmente seguir em frente, segue, segue sem sequer se desviar um milímetro que seja, segue o seu caminho por entre os passados que se lembram, os passados que se esquecem, entre os presentes inesperados, presentes irritantes e presentes demolidores, segue em direcção ao seu futuro, futuro incerto, futuro… simplesmente futuro, sem leitura de qualquer conclusão do que se possa tirar da palavra “futuro”!

Tic-Tac Tic-Tac Tic-Tac, soa como que mostrando a sua força em se manter inalterável às suas convicções, em me mostrar que o amanha ainda será melhor que o presente e o passado juntos, que o futuro, se lá chegarmos será o maior presente que o tempo nos pode oferecer, a possibilidade de remediar acções de que nos possamos arrepender, acções que nos levam a rezingar no nosso canto contra nós mesmos! Mas… Remediar? Nada se remedeia, creio que a escolha da palavra certa seria… Não seria nenhuma, simplesmente nenhuma, não como escolha de palavras mas como escolha de acções, não tenho necessidade de remediar nada do que possa efectuar, ter efectuado ou até mesmo vir a fazer, não preciso de me sentir impossibilitado de achar que o que fiz, fiz bem, fiz de consciência tranquila e melhor, que ainda o acho, e que sempre acharei… O “futuro” não me pode mudar a imagem do meu passado, o futuro não consegue limpar o meu crescimento nem moldá-lo á sua vontade própria…

Tic-Tac Tic-Tac Tic-Tac, eis que surge a vontade de sorrir, chorar, odiar e amar, eis que surge a necessidade simples de simplesmente ter “vontade de…”, uma vontade sem qualquer explicação lógica ou sequer explicação qualquer… Apenas uma vontade!

Tic-Tac Tic-Tac Tic-Tac, o som do futuro que se aproxima, mas, que futuro? Como chegarei ao futuro se apenas me sinto a viver eternamente no presente… Como viverei no futuro? Lembro-me de ouvir um simples história, uma história que será imortalizada entre de quem vive no meu círculo familiar, uma história que me eleva ao pensamento do futuro…

*Num dia simples, numa tarde ainda mais simples, passeavam pelas ruas duas irmãs e respectivas filhas, ao passar numa loja eis que surge a vontade de uma das meninas pedir o tão “importante” chupa, os tempos eram difíceis e como tal, uma das irmãs, tenta não dizer que não dizendo:
-Amanhã a tia dá, está bem?
Os dias passavam em tardes simples de dias ainda mais simples e a “história” repetia-se a cada vez que a menina passava junto do tão desejado chupa.
Nisto numa dessas tardes simples, a menina após a frase cuidada de não fazer a menina triste, “Amanhã a tia dá, está bem?”, eis que a surge a resposta “Oh tia, quando é que é o amanhã?”*

O amanhã equiparado ao futuro, é um tempo indeterminado que será sempre afastado pelos Tic-Tac’s do meu relógio, e esse futuro, bem esse futuro apenas me afasta de viver o meu presente, um presente que tanto anseio que seja futuro mas que é simplesmente presente.

Tic-Tac Tic-Tac Tic-Tac, os sons da solidão misturados com o som do teclado do computador enquanto escrevo na perspectiva de poder dizer as palavras menos cuidadas que possam existir, dizer simplesmente por dizer… Dizer o que sinto, mesmo que seja ao som dos Tic-Tac´s do meu relógio, ou até mesmo do teu… E oiço, oiço-os como que crescendo dentro do meu consciente, como me pressionando pela necessidade de se ouvirem no tempo e no espaço de cada um de nós, como que cumprindo tempos necessários á sua necessidade de vivência…

Tic-Tac Tic-Tac Tic-Tac, o tempo não esperou por nós, o tempo esvoaçou fazendo com que crescesse-mos, e ambos crescemos na necessidade de deixar o tempo passar… Por isso os meus Tic-Tac’s vão continuar a cada dia, em cada noite e em cada pensamento, porque mesmo que mude de pensar, o meu tempo não mudará os seus eternos Tic-Tac’s

Porque ainda oiço Tic-Tac Tic-Tac Tic-Tac mesmo que seja as 07h40m…

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Na tua sombra vive o sonho de te amar…


Queria dizer mil e uma palavras, floreadas, inesquecíveis e boquiabertas, queria dizer tudo e tudo seria pouco, então não vou dizer nada disso… Direi apenas o que deve ser dito…
Tive uma mulher que foi a mulher da minha vida, disse-o sempre quanto pude, e na sua viagem em que não pudemos acompanhar, senti que o meu mundo se tivesse perdido para sempre, tornei-me no capitão que figura uma imagem de força e de confiança mas que no fundo se perdeu algures pelo caminho que deveria ter escolhido… Transformei o sorriso que esboçava no meu rosto numa lágrima seca que nunca se evidenciou na companhia de quem me trazia o seu sorriso, fui-te incompreensível e egoísta, disse as coisas que nunca quis dizer e certamente te magoei mais que qualquer pessoa, explodi quando não devia, e sorri quando tu não precisavas, andei trocado na perspicácia de te poder ajudar… Fui o que nunca desejei ter sido, e no fundo, no fundo sempre me apoiaste nas alturas em que desejei também eu viajar na tão eterna viagem… E agora a esta data que jamais poderei esquecer eis que mais uma vez és tu quem me alegra, com duas pedras preciosas, com duas princesinhas que certamente trarão sorrisos a esta casa que se encontra ainda em reconstrução… Perdi a mulher da minha vida, uma mulher que jamais encontrarei igual, moí-me por dentro pensando em toda a destruição da minha vida, e esqueci-me de olhar em volta, esqueci-me de ver que ainda estavas lá, não como a mulher da minha vida que perdi, mas como um grande alicerce que sempre me apoiou, que sempre esteve no local certo, na hora certa, e momento exacto quando precisei… Quereria escrever que te desejo as maiores felicidades e que tudo se concretize mas isso, isso não seria o que de mais sincero preciso de dizer, e neste momento mais uma vez egoísta, mais uma vez pensando em mim e não no que me rodeia, preciso de te pedir desculpa… Desculpa por ter sido um furacão quando precisavas de um dia de sol, por dizer as palavras ásperas quando no fundo precisavas apenas de um abraço, de, de, de… Não quero utilizar as palavras “e se…”, porque certamente teria sido o mesmo irresponsável como sempre fui! Mas hoje senti, um frio que me apoderava quando soube que nada era tão fácil como parecia, que o simples se tornara complicado, e aí, aí percebi que também tu eras uma mulher da minha vida, e que não podia perder novamente essa imagem, esse alicerce… Pois sem saber sempre foste num dos meus alicerces, e perder-te seria como sentir novamente um abanão que desmoronaria todo o meu ser, por isso, peço-te as minhas sinceras desculpas, peço-te desculpas ao mesmo tempo que te agradeço pelas duas princesinhas com que me presenteaste… E porque serás sempre a minha “Pequena menina”, a minha “maninha” e a rabugenta com quem nunca conseguirei deixar de viver!


Obrigado e desculpa!






Na certeza das minhas indecisões

Terminei o dia com um sorriso, um lágrima que escorria, mas com um sorriso… Chorei, derramei a lágrima de saudade por sentir o sorriso que esboçarias hoje ao ouvir “Já Nasceram, está tudo bem!”, derramei a lágrima ao pressentir o teu abraço carinhoso, um abraço que não tive, mas que mesmo assim o senti… Chorei porque não podia agarrar-me a ti, a afastar os meus medos junto dos teus poderes heróicos de quem me conhece tão bem… Chorei… Chorei… Chorei mas com um sorriso, um sorriso de quem ouviu “Já Nasceram, está tudo bem!”, sorri, sorri pulei gritei, e sorri novamente! Sorri porque desceram mais duas princesinhas, mais dois rebentos de um rosto que hoje se torna na única parecença por quem hoje derramei a lágrima, mas sorri, sorri com a certeza da minha indecisão, mas a decisão de sorrir levou-me à incerteza de poder também chorar!
Dois corpos celestes de quem eu comuniquei ao mundo, gritei aos setes ventos, escrevi mil palavras transcritas em apenas “Sou oficialmente tio!”… O mundo percebeu no seu momento, que a partir daquele instante a magia estava só no meu momento, não valeria o esforço a possível tentativa de competir com a minha felicidade, nem com a angustia ou o desamparo amoroso… Não, naquele instante a minha felicidade transbordava para lá do Universo, melhor, naquele momento elas tornam-se no meu Universo, num corpo celeste, num desejo de protecção e carinho! Elas transformaram-se na minha felicidade mesmo quando escorria pelo meu rosto a lágrima de saudade e desamparo!
Na certeza das minhas indecisões, surge quem me decida com a certeza absoluta de querer mais e mais, de mim apagaram-se as histórias infelizes de que me sustentava e alimentava o pensamento, já nada fazia o mesmo significado, o mau que sofria limpou-se como que levado pela lágrima, renasci pelo sorriso que esbocei por vocês… Duas, a cara e a coroa da minha moeda, a cara e rosto da vossa mãe e o desejo absoluto de felicidade que trazem a um lar esmiuçado pelo sofrimento inglório de desejos não concluídos. São a certeza das indecisões de uma família inteira, sim uma família, vocês uniram dois mundos em um só, vocês tiveram o poder da fusão inseparável de dois nomes e essa fusão será certamente na eterna certeza da nossa realidade, selaram o império, selaram o desejo, e selaram a certeza dos sorrisos estampados no rosto de uma inteira família que vos verá a crescer, correndo nos campos verdes e assobiando na vasta certeza da decisão da vossa felicidade.
De mim terão acesso ao meu mundo, ao meu mundo encantado, à minha terra do nunca, à minha vida. Levar-vos-ei pelos meus sonhos, não vos vou dar, mas vou-vos levar comigo, sonharemos juntos, deitados numa tarde de sol numa esverdeada relva, os meus sonhos serão a vossa terra encantada e viveremos juntos cada experiencia por nós proporcionada, cada aventura, cada viagem ao desconhecido…
Porque me trouxeram um sorriso sincero, espontâneo e eterno, porque serão as minhas eternas princesinhas da certeza de todas as minhas indecisões!

domingo, 20 de setembro de 2009

Esquecer-me de ti é algo tão fácil de me conseguir esquecer!

Porque é tão difícil de me esquecer de ti, com que feitiços me banhaste o corpo no meu eterno suicido, num aprisionamento à morte quando troquei suspiros junto ao teu corpo, que magias foram essas ao ponto de apesar de esforços transcendentes ainda me conseguires chamar a atenção? Explica-me… Dá-me o elixir, liberta-me do cativeiro que tu própria montaste no teu momento de eterna demência, no teu momento de libertação condicionada! A quem tento eu enganar… A quem tento eu desmantelar a consciência eterna da palavra “amor”… A quem é que eu tento chamar novamente para o meu mundo…

Afasta-te… Melhor… Vêm comigo, eu mostro-te novos mundos, eu mostro-te sentimentos que nunca sentiste, luas que nunca viste brilhar, e brisas que nunca outrora te tocaram, mostro-te tudo o que sei, ama-me, amo-te, sim… Sim amo-te mas por agora afasta-te…

Esquece-me… Consegues não o fazer?... Já o fizeste? A tua demência levou-me à loucura de tentar prejudicar-me a mim mesmo… Afasta-te, e se é para esquecer então força…

Palavras trocadas, sentidas de forma contrária ao que quero dizer, palavras ditas da boca para fora fazem do seu som um infortúnio recanto seguro, um porto de abrigo que na verdade nunca abrigou… Um desejo que nunca se deseja e um amor que nunca soube o que seria amar… É nesse recanto da veracidade que solto a minha mentira, a minha loucura e autoritarismo, deixo que tudo e todos se sintam na infelicidade da minha angustia, na angustia que tu mesma trouxeste… na angustia que eu aceitei, na mesma angustia que pensei que poderia mudar para um sorriso!
Hoje oiço tudo á minha volta, foi preciso perceber esse significado, não existem casos rápidos, existem casos pensados e planeados… E hoje acordei para essa verdade, eu já não sei viver de casos rápidos ou planeados, hoje quero viver de casos sérios, de chegar e ver-te, olhar-te e poder saborear cada pedaço do teu lábio num eterno e rápido segundo do “para sempre”!
Pensativo e distante, deixo que me tirem as gotas de chuva que me tentaram acordar do meu sono, um sono eterno de vida banhada por “nadas”, por coisas que se tornavam simplesmente passageiras, e nesse mundo de irrealidades reais dos sonhos eis que toca o sino que me fez automaticamente acordar, e nesse instante levo-me a pensar na felicidade que foi ao sonhar contigo, mas principalmente a felicidade que será ao saber que hoje consigo ser melhor do que fui, e que cada vez mais serei melhor e melhor… Hoje ninguém me rouba as gotas de chuva que me vão acordar, pois essas gotas são as que me vão levar a dizer o “para sempre” com quem me aceitou como sempre fui…

Um filme chamado "VIDA"

Hoje quero explicar o inexplicável, quero que as palavras sejam sentidas no sentido nato da própria palavra. Hoje escrevo como que provocando a própria provocação, uma provocação em desprezo, de um desprezo simplesmente provocador.
A vida é apenas uma reviravolta, um revirar de imagens, a vida torna-se numa longa curta-metragem. Cada personagem tem o seu papel e o seu diálogo, tem um guião por onde tem de se seguir, não vale a pena tentar mudar, “todos os caminhos vão dar a Roma” certo? Logo, todos os meus pensamentos vão dar a ti, o conceito é o mesmo, apenas não sei dizer se será felizmente ou infelizmente! Isso é a minha eterna dúvida… A vida é feita de aparecimentos constantes, flashes de pessoas que vão entrando e saindo das nossas vidas sem deixar a sua marca, a deixar apenas o seu lugar uma simples imagem de passagem, um “eu estive aqui”! Noutras alturas surge quem ouse pousar e não mais sair, e quando sai, além de deixar um bocado seu teima em levar um bocado de onde esteve. Assume-se como que querendo o que não lhe é possível ter ou poder… A simples serenidade do prazer transforma-se em demência, transformando a personagem no simples louco da esquina que todos conhecem mas que ninguém fala!
A vida é como um filme, um filme de vários cenários, de vários temas, de várias vontade e personagens, tudo se multiplica á mesma passagem, mas no seu intimo de mudança torna-se num filme de terror, daqueles filmes em que não existe um final feliz, ou será que pode existir esse final?
A vida é por vezes um filme de Bollywood quando acordo, cheio de cor e alegria, cheio de sentimento e esperança, talvez até cheio de musicais incorporados em si mesmo, mas rapidamente esse filme muda para outra forma, um outro género, transforma-se num filme sem forma e sem sabor, torna-se no filme em que não se pode cortar as falhas, em que não se pode repetir quando um dos actores se engana… O erro torna-se crucial e o medo de errar serve de suficiente para que não se haja com a sinceridade com que nos presenteia o melhor dos melhores actores! Agora transforma, melhor, transporta essa imagem para a vida, nua e crua e repara que na verdade todos teimam em viver nesse mesmo drama, sem margem de erro, um que ninguém pode cometer.
Da transparência da minha parede, vejo milhares de rostos novos, declaro-os como “figurantes” do meu filme, estão lá mas são nulos, não pertencem ao filme, apenas pertencem ao cenário onde se vai passar o respectivo capitulo, vejo-os a falar mas não oiço o que dizem, vejo-os a andar mas não sei para onde vão, são-me simplesmente e momentaneamente insignificantes, não dependo deles para terminar a minha história. Por outro lado, tenho a personagem que entra, impõem-se e sai! Deixando no ar um gosto de saudade, de tormento e de vontade de ser vista novamente.
A vida é um filme, um filme complicado e incrédulo, um filme em que todos entram, muitos saiem, mas poucos permanecem. Um filme de cor tornado a preto e branco, de drama e comédia, um filme de longas cenas e maiores capítulos mas de curta duração.
Um filme sem necessidade de “Óscares” mas sim de personagens que façam com que o filme prossiga até ao seu eterno “THE END”.

Esquecer de me lembrar...

O “Coração” funciona como um tribunal, ordena no tempo e no espaço a sentença do sentimento, decide a intensidade da vontade de se lembrar ou esquecer de alguém ou de algo! O “coração” tem o poder de se atenuar a si mesmo quando se sente deliberadamente magoado. Assume por si só opções, escolhas, escolhe o que entende como correcto.
O “Coração” lembra-me de me esquecer de “ti”, assume esse papel crucial, esse papel de carrasco, assume-se como único mandatário das vontades!
“O esquecimento da lembrança”, parece a teoria do “nada”, uma teoria sem sentido e sem qualquer nexo, mas é nesta teoria em que hoje me enquadro, é nela que sinto a forma como o mundo gira em torno da eloquência e demência absoluta da minha realidade.
Hoje quase que solto a pergunta… “Quem és tu?”, doer-te-ia se te fizesse essa pergunta cara a cara? Possivelmente não, possivelmente sim, mas também me doeu a mim o teres-te esquecido que eu existo… Vivo o enigma da vingança transformada em esquecimento, prefiro esquecer a viver dorido com todo o enredo de algo que ninguém tão pouco controla! Lembra-me tu de me esquecer de ti, de me querer esquecer de ti, consegues? Todos nós conseguimos, basta não editar qualquer sentimento, basta apenas evaporar o nosso ser da vida de quem nos espera!
“Esqueço-me de ti a cada dia que passa…” mas se fosse verdade nunca que diria tal frase, nunca que me iria dirigir a ti, mas posso dize-la, posso dizer que “esqueço-me de ti a cada dia que passa”, esqueço-me sempre mais um bocado e por muito pequeno que seja, é sempre mais um bocado que me esqueço, e por muito pequeno que seja não me importo pois um dia esse pequeno bocado transformar-se-á em tudo!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O Homem não sabe esperar!

E num acto de reflexão, eis que dou por mim deitado na minha verde cama a pensar em torno da minha vida e deparo-me com um problema que se transcende a ele mesmo face aos anos a que habitamos a terra… O Homem não sabe esperar! (e contra mim falo) … O Homem é o animal mais hormonal e irracional que possa existir, a espera não pode nunca fazer parte do seu quotidiano, é contra a natureza natural das coisas! O Homem tende em apressar a sua vontade, sempre que deseja algo tem que o ter, até pode ser de dificuldade máxima, mas as dificuldades são ultrapassáveis, e pode esperar pela racionalidade de “ter que” mas nunca pelo simples facto de esperar por esperar. O Homem foi feito em “guerrilha” criado pelo suor do seu corpo e nunca feito pelo tempo de vida que tem, o tempo de vida é apenas o apimentar do cozinhado! O Homem anseia mas não espera, se tiver que esperar, desiste! É a realidade absoluta, qualquer um de nós “Homens” tendem em atravessar rapidamente qualquer obstáculo, qualquer fase, o Homem não se atormenta por algo de ruim, o Homem tenta automaticamente avançar para a outra margem, a “Mulher” já não… A Mulher teima em remoer cada segundo tempestuoso que sentiu, cada amarga e dolorosa trincadela que teve que dar, ou por cada sapo que engoliu. A Mulher machuca-se a si mesma sem qualquer explicação, prende-se e vive demasiado o seu passado!
O “Homem” aguenta uns segundo preliminares á desistência, mas certamente desistirá se o obrigarem a esperar demasiado tempo, o Homem não sabe esperar, o Homem simplesmente desespera e isso torna-se tempestuoso ate para ele mesmo! A Mulher aguenta esse rodeio de circunstância e por esse facto impõe no Homem a obrigatoriedade de ele próprio também ter de o conseguir (como tudo na vida, se a mulher consegue o homem por mais que não queira ou não consiga só não o faz porque simplesmente é molengão), e é essa imposição ideológica que faz com que o Homem simplesmente se canse e como tal, desista de tudo!
A explicação torna-se abrupta no sentido em que simplesmente parece uma justificação para algo irracional como o não saber esperar, mas não, o Homem realmente não sabe esperar, se algum porto lhe escapa, torna-se automaticamente altura de procurar outro, e isso, faz-se automaticamente e sem que ninguém consiga explicar ou impedir.
Saber esperar é uma virtude, sim certamente o é, mas e Viver? Será necessário o Homem saber esperar para que possa viver? Ou viverá melhor o Homem por não esperar e prosseguir uma viajem interminável?
Questões e mais questões que se prendem pela espera inglória do Homem, ou será pela frustrante tentativa de domesticação de algo tão impossível de domesticar como o Homem!
O “Homem” não espera, o “Homem” vive!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A mente e os sentimentos só se comunicam por carta registada!

O ser humano é um ser de oposições próprias, oprime-se a si mesmo, contradiz-se nas suas próprias vontades e afoga as suas próprias disposições sentimentais. O conjunto “humano” não se consegue conjugar, existem paralelamente duas opiniões e verdades, duas vontades e desejos… A mente não condiz em verdade nenhuma com o “coração”, não o musculo mas o sentimento, a mente teima em optar pelo lógico da realidade, o necessário para a sobrevivência, o que lhe permite vingar no quotidiano que lhe mata a cada dia que passa… O coração por seu lado, joga com os impulsos, joga com os desejos e as vontades. Se ambos se completassem tudo fazia sentido, mas a verdade é que esse sentido nunca será verdadeiro, uma vez que o sentimento pode nunca corresponder às necessidades… O coração escolhe “em prazer”, as suas escolhas são baseadas em momentos de loucura e adrenalina, em momentos de um “brilhozinho nos olhos” e talvez até do momento mágico do simples tocar de lábios, num tocar que fará estremecer o planeta. A mente não, a mente não precisa de explosões de sentimentos, de coraçõezinhos vermelhos espalhadas e estampados na testa, a mente precisa mesmo é de garantias, poderíamos até dizer que a mente é a “Banca” dos resultados de escolhas do nosso corpo, ou seja, as decisões são sempre tomadas face ao risco do resultado em si, esquecendo totalmente o “investimento” em terreno que não reconhece o perigo!
Cada pessoa, cada um de nós, tem a sua faísca pronta a eclodir num fio de pólvora que se encontra em posição de rastilho, e a responsabilidade da possibilidade da explosão suceder ou não parte somente da mente vs coração. A mente é como um cubo de gelo, gélida, sem cor e sem sabor, e ao passar no rastilho de pólvora certamente não atearia a chama e como tal a explosão seria um fracasso, contudo, e com toda a certeza chegaria ao seu destino… O coração por seu lado, é fogo, tem cor, arde no corpo de quem o sente e com todo esse ardor ao passar no rastilho a explosão não demoraria muito tempo a dar-se mas o certo é possivelmente nunca chegar ao destino demarcado… E reparem no “possivelmente”, utilizado como uma grande possibilidade, e como possibilidade não significa que seja 100% certa, existirá sempre a outra parte, que mesmo muito pequena que seja pode sempre ser concretizada! Ao nos depararmos com este enigma, o nosso corpo actua em modo de segurança, e decide por si só a escolha mais fácil, decide nunca atear o rastilho que o leva á explosão! E é neste momento que surge a questão mais pensada alguma vez na história da humanidade, “Quem escolher?”, o que nos faz levitar? Ou o que nos faz estar calmo e seguro? A dependência de segurança, certamente obrigará a uma escolha pausada, sensata, pensada mas não acertada… A ideia de amor, o amor é o que cada um quiser, é o jogo de conquista, é a adrenalina, é o medo de perder quem se quer, mas isso é somente o meu significado, o qual poderá mudar de pessoa para pessoa… Agora a escolha do coração incide sobre todos estes conceitos, o da mente simplesmente anula-os, não faz viver os medos porque isso assusta, isso não transmite a segurança necessária, então faz com que a escolha incide no inverso a todos estes sentimentos e de que valerá viver sobre as escolhas de algo que não nos deixa viver? Isso é uma resposta individual, eu prefiro a aventura e adrenalina de sonhos á descida das escadas até á segurança da realidade. Mas isso sou apenas eu!

Príncipes Encantados? Onde?

O tempo passa, as pessoas crescem mas o desejo mantém-se, o desejo de encontrar alguém que simplesmente nos complete, que nos faça sentir como que flutuando, a esses(as) vou chamar de Príncipes Encantados ou de Princesas Encantadas. Ultimamente a minha cabeça não para de ouvir essa expressão, a expressão de Princesa Encantada, de é o destino… Mas eu nego qualquer envolvimento do destino no aparecimento da suposta Princesa Encantada, nego porque somos nós que fabricamos essas mesmas personagens de encantar. O Príncipe Encantado só poderá existir com a Princesa Encantada, ou não fossem eles feitos um para o outro! O príncipe nunca que ficará com a bruxa nos contos da Disney, e na vida real, o príncipe só será príncipe se houver alguém que corresponda a toda essa entrega pois o encanto do príncipe também se poderá evaporar, poderá esgotar se não existir um receptor que também seja encantado… Os príncipes e as princesas encantadas somos todos nós, nós somos e temos esses encantos guardados dentro de cada um, o seu potencial é equacionado e valorizado por alguém que compreenda principalmente todos os defeitos do respectivo príncipe, nessa altura e com os defeitos todos compreendidos, o príncipe só poderá ter mais-valias, e tudo o que vier será certamente “Bom”.
O desejo de achar alguém que não existe, leva ao sofrimento constante que teima em não cessar, não termina, tem efeito duradouro que será eternamente constante, ou não fosse impossível achar a perfeição em forma de pessoa! Ninguém é perfeito, e por esse motivo nunca que existirá Príncipes Encantados, não é uma questão de “Vias de Extinção” mas sim uma questão de realidade lógica da vida!
Quem espera a perfeição perde o momento certo, o momento de encontrar o “sapo” que se vai transformar em príncipe, aí sim eu acredito, qualquer um pode ser príncipe, mas primeiro tem de passar por “sapo”, existe sempre a realidade ilógica de só tomarmos conta do “prejuízo” quando e depois de se afastar de nós… Porque? Nesse sentido creio ser a questão de apenas procurar mais e melhor, querer sempre algo mais “valioso” do que o que por nós passou…

“Ui que Homem/Mulher, mas não, para mim não serve!”

Conseguimos decifrar inteiramente a leitura quando efectuamos um pequeno elogio, contudo, e pelo facto de estarmos em constante busca, uma busca incessante, eis que, “para mim não serve”… Uma simples sobrevalorização pessoal que faz negar que qualquer sapo possa ser príncipe!
Então resta não procurar, resta aceitar o destino e moldar o simples e gorduroso sapo, no eterno sentido e mágico príncipe!
Isto não quer dizer que não possam existir somente sapos que nunca chegarão a mais imagem nenhuma a não ser a de simples sapos… Mas esses, esses são os que nunca quererão moldar-se, esses sim são o desperdício que leva a que todos os restantes não possam ser conectados de príncipes encantados…
Por isso digo, não existe tal coisa como Príncipes Encantados, existem sim homens/mulheres que esperam ansiosamente por um receptor de todo o sentimento que tentam entregar!
Sapos? Sapos todos somos, precisamos sim é de princesas que nos façam transformar nos seus Príncipes Encantados…

Eu… Eu continua a ser o Sapo que espera a sua princesa!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Negação da credibilidade lógica do enigma!

Hoje após um belíssimo jantar em casa da minha irmã, surgiu para não variar, o magnifico jogo “da Agulha”, um jogo que simplesmente e de forma enigmática, diz com toda a certeza, o número de filhos e o sexo dos mesmos… Impossível? Pois, também eu penso que sim, ou não fosse o facto de a mágica agulha indicar com precisão os filhos que se geraram em torno da minha família, e o pior, ainda não vi a agulha falhar! Mas não deixa de ser um enigma, como? Porque? Quando? E é aí que surge a negação lógica, negamos o facto de não compreendermos o porquê de aquele simples pedaço de metal com o simples fio com que se remenda as meias acerte… Possivelmente, negamos pelo sentimento de medo, ou sentimento de incompreensão que por sua vez levará ao medo novamente…

Tudo o que não é perceptível ou que possa criar dúvidas invoca automaticamente o sentimento da negação, e quando digo tudo quero mesmo dizer tudo! Os medos que são transportados por sentimentos são os que mais negações auferem, o amar no momento errado, o querer numa altura imprópria, o desejo por quem não merece (até poderá um dia vir a merecer, mas por algum motivo naquela altura certamente não mereceu) ou até mesmo a ansiedade da própria negação.

Conseguimos sempre negar qualquer acto credível, por exemplo, alguém que nos faça sentir bem, alguém que nos ame ou mesmo deseje, se esse alguém chegar num momento frágil da nossa vida, num momento em que estamos com as nossas defesas em baixo, por muito bem que ele(a) nos faça nós simplesmente vamos negar por motivos de defesa, simplesmente porque temos medo de sofrer novamente… Neste caso, e a meu ver, estamos perante uma negação da credibilidade lógica do enigma, “Negação” porque simplesmente afastamos o que queremos, “Credibilidade” Porque sabemos que queremos sabemos que nos faz sentir bem, “Lógica” porque torna-se simplesmente perceptível esses sentimentos, “enigma” bem, aqui o enigma é simplesmente o enigma, o porquê de não conseguir-mos diferenciar os “peões” do jogo de xadrez, o enigma de simplesmente não conseguirmos agarrar o que nos faz bem para proteger do que nos fez mal, mas isso é humanamente real e vivido, porque nos tornámos assim defensivamente vivos!
Já presenciei de tudo um pouco e normalmente sempre em oposição à forma que tento seguir, torno-me aventureiro de mais, o meu signo diz que sou “fogo”, bem se sou fogo sou paixão e isso é bem verdade ou não fosse a paixão a maior aventura de toda a história… Apaixono-me facilmente pelas pessoas, pelos seus aspectos positivos e isso leva-me bastante a viver de uma forma positiva pelos estados lógicos do dia-a-dia… Por outro lado, o meu signo refere que sou a “verdade”, bem isso torna-se estranho, torna-se pelo facto de a vida ser uma eterna mentira, nada existe no seu quotidiano, tudo é uma fase paralela… Apenas se tornaria verdade no caso de o destino se concretizar, e se isso do destino for verdade, então é como esperar para que esse algo aconteça, sentamo-nos e esperamos o destino aparecer, e isso certamente não é viver! Logo o destino, torna-se também numa negação da credibilidade lógica do enigma, da enigmática vida que nos vamos proporcionando a nós mesmos, e se a vida é um enigma, um jogo de charadas então simplesmente teremos que arranjar respostas para esses enigmas, e teremos que ser aventureiros e deixar de pensar nos “e se…” da vida! Mas, por algum motivo não lógico, tentamos sempre o refúgio do nosso aconchego, num refúgio que mesmo que diferente do que procuramos seja o suficiente para que possamos esquecer qualquer enigma da vida, qualquer enigma que nos possa surgir, sendo que este refugio torna-se muito usado para fins sentimentais, para necessidades “amorosas” de negação, e aí, aí voltamos á nossa negação da credibilidade lógica do enigma! Á simples vontade de negar o que o destino nos trás!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

"Sa foda!"

Hoje quero aprender a dizer “sa foda”, quero aprender porque quero explicar ao mundo por palavras incrédulas que para mim é um tudo “sa foda”, sem porquês, nem mais não, apenas um “sa foda”, um “sa foda” com todas as letras, com todas as esperanças de que quem seja, quem quer que seja o nosso receptor possa receber e perceber de uma forma eficaz o significado de uma expressão que poderá ser muito bem usada para distinguir e substituir algo a que simplesmente não queremos explicar…
Um simples “sa foda” pode muito bem dar por términos a uma frase ou sentimento, pode acabar uma mágoa, um desespero incompreensível, ou até mesmo um episódio que alguém queira simplesmente apagar… (Mas e tu… Como é que te tens sentido? Tens sabido novidades? Ela já te disse mais alguma coisa?) Eu quero é que isso tudo “sa foda”… Neste momento alguém deu a entender que terminou junto de si qualquer esperança de receber uma notícia, talvez até um olá ou até um simples bom dia… Mas por algum motivo, um motivo meramente pessoal e focado num sentimento, a resposta “sa foda” torna-se como num acto de coragem e dedicação a si mesmo, uma forma de mostrar que simplesmente não se importa mais, que já ultrapassou toda essa história que possivelmente o levou a estados sistemáticos de dúvidas e medos!
Por outro lado a junção “sa foda” pode ser usada como um acto pensativo e derrotista, ou não fosse no mesmo exemplo qualquer outra pessoa tirar a sua própria leitura da frase, nesse momento em vez do “Eu quero é que isso tudo “sa foda”” seria, “Oh… “Sa foda” tudo isso” Aqui o “sa foda” torna-se na ancora que ainda prende o sentimento ao desespero, a um sentimento derrotista que o leva a pensar eternamente no que ainda o faz sofrer… No sentido abstracto de um sentimento ou episódio que o leva a ficar imóvel a algo mais, a não saber reagir ou a dizer as palavras certas, o “sa foda” torna-se numa máscara que indicia que ele está bem quando na verdade o que sento é exactamente o contrário.
“Sa foda, sa foda, sa foda”… Deixo que a loucura se apodere de mim, solto mais um berro de “sa fodas” que utilizo para desanuviar todo o nevoeiro que crio em detrimento do que não fiz… O “sa foda” completa-se com o inconveniente do tempo, do género, “Olha, sa foda, já está já está…” torna-se simplesmente na vontade de dizer que o que se fez, tempo passado, que foi feito sem remorsos, sem vontades inacabadas de não ter feito ou de pretender anular o que por algum motivo acabou por acontecer. Pode também existir o “sa foda” de medo, de expectativa… “Olha que sa foda, seja o que o tempo quiser” simples, eficaz e confuso… Este “sa foda” leva á imaginação um sala cheia de portas fechadas em que simplesmente existe a necessidade de decifrar qual abrir para que se veja o futuro, para que se saiba o que dizer ou até mesmo fazer… o “sa foda” desta vez interrompe um desejo garantido de poder para levar o medo do que pode advir de um acto que sucedeu no passado, como que utilizando uma espera, um momento incrédulo de algo mais, aqui, simplesmente já sentenciou o futuro que deveria chegar a presente!

Então e depois de algo incompreensível por si só, resta-me dizer a tudo e a todas, ao actos da minha vida, às renuncias e às vontades, aos medos e às coragens que para mim, neste momento a minha vida é um mar de “Sa fodas”, por isso, e sem receios…

Um grande “SA FODA” a todos!

domingo, 13 de setembro de 2009


E nisto eis que surge algo, uma metáfora, um momento de eternidade escondida, nisto eis que surge uma história, uma junção de imagens e palavras, actos e decisões, momentos, apenas momentos, momentos de felicidade ou tristeza, de sabores e verdades, mentiras e desgostos.
E sem sonhar com nada o nada torna-se tudo, o tudo torna-se demasiado e como por acto natural da física, o demasiado começa a transbordar e a fazer-se sentir, sentir que é algo mais que o que sustenta conseguirá algum dia suster, manter, que algum dia conseguirá aconchegar sem que se perca nada do que tenta abraçar.

Existem vidas paralelas dentro de cada um, não existe um único ser que não tenho uma dupla vontade, uma dupla palavra, a duplicação de “quês” é o mais natural no ser humano, é uma defesa que penetra na sua natureza e o que nos mantém a ser os animais que sempre fomos, é isso que nos prende na nossa real e dura personagem, tudo o resto, tudo o resto são construções feitas e inventadas por alguém que quis mudar apenas a natureza das coisas.

Primeiro amor? Primeiro beijo? Li que é nessa altura que se mata tudo o que vem a seguir, que tudo o que vem a seguir ao primeiro amor torna-se apenas mais “um” e que nunca será o único e sentido sentimento que nos desperta as vontades de amar! Contudo afirmava que o primeiro amor não pode nunca voltar a ser vivido, e que depois de acabar nunca mais poderão as mesmas personagens se conjugar, se completar… Isso torna-se numa verdadeira morte ao amor, porque numa historia, numa breve historia em que vivi, reencontrei esse primeiro amor, e não senti que nada pudesse ser levado a não acontecer, senti que existiram os mesmos tremeres de mãos, os mesmos brilhos nos olhos, os mesmos medos e as mesmas vontades, senti as mesmas discordâncias de decisões, as mesmas complicações e os mesmos actos de quando tinha a idade de ter o primeiro amor! Será que o primeiro amor, o primeiro beijo tem idade para ser vivido? E se eu o vivi cedo de mais? Quantos de nós tem a possibilidade de saber quem era o primeiro amor de criança, sim de criança, porque eu lembro de ser tudo bom, do que não me lembro é do mau que vivi, porque existe a possibilidade de o primeiro amor nunca ter fim, e se assim for, então nunca poderá voltar a ser vivido porque encontra-se sempre a ser vivido e se for vivido eternamente nunca poderá levar o ódio á pessoa de quem nos deu o seu também primeiro amor!


Existe uma dificílima percentagem de possibilidade de passados anos o primeiro amor ser reencontrado, existe porque as vidas se separam, mas e quando se reencontrarem? O que será que passará na cabeça de cada um? Que sentimentos poderão ser sentidos? Será que o mundo de ambos será novamente uma avalanche de vontades aprisionadas e compactadas por todos os anos que não se viram? Não sei, isso são questões que eu faço mas que não consigo sequer responder, nem eu consegui reviver o meu primeiro amor, rejeitei essa possibilidade dias a fio, eu próprio afirmava que o passado era o passado e que nunca mais iria se repetir uma história que se viveu á 22 anos atrás, numa altura em que eu precisamente teria os meus 3 anos, os meus mágicos e inocentes 3 anos, mas a verdade é que depois de dias a fio a recusar qualquer pedaço de uma história em que o presente nos trouxe do passado, voltei a tremer, as pernas pareciam simples canas a oscilar com o abraçar do vento, as palavras teimaram em não sair, os olhos, esse encolheram-se e esperaram para que houvesse uma força para se levantarem… E aí, num momento em que ninguém esperava, em que ninguém contava, fiquei sozinho com o primeiro amor, os olhos fixaram-se, o mundo parou, as vozes entravam em atraso face ao movimento da boca, parecia que o tempo tinha acabado de parar… trocamos o nosso segundo “primeiro beijo”, levitamos, pelo menos eu levitei, e só pousei quando uma voz ao longe entra dentro da nossa bolha e me chama, como que pedindo para fazer um último favor… Sim, revivi o meu primeiro amor, e revivi-o de uma forma que não consigo explicar… Mas se a verdade é que não pode ser vivido porque existem necessidades paralelas, então eu digo o contrário, não por ser do contra, mas por achar que é assim que deve ser, natural, sem consciências do que é ou não correcto! Apenas porque é bom e nos faz sentir bem!

A natureza faz-nos ser conscienciosos de mais, consciência a mais torna a magia em ilusionismo, num acto de ilusão e falsidade, eu prefiro olhar com os meus olhos o espanto da magia, pensar como é que é possível de acontecer, em ficar admirado de cada vez que o coelho sai da cartola! Isso é o bom da vida, a inocência de não saber viver e continuar a viver…

E se tiver de ser, assim o será, o destino é um mapa com vários caminhos, mas todos se destinam a chegar ao destino marcado, á cruz vermelha do verdadeiro tesouro pirata!

Mas infelizmente surge a necessidade de crescer, e crescer significa tomar decisões, significa escolher entre as várias opções que existam sejam elas quais forem, mas simplesmente crescer é escolher… Deixar de soltar a gargalhada que assusta quem está ao nosso lado, deixar de ir ás cambalhotas desde o inicio do areal até á boca da onda que vem abraçar a beira-mar, deixar de… É deixar de acreditar no amor, crescer significa escolher o que mais nos convém e não o que nos faz melhor, e é esse sentimento que eu não quero sentir, não quero saber escolher mesmo que para isso tenha de bater com a cabeça no mesmo poste mais de uma, duas, ou até cem vezes, porque dessa forma vou sorrir quando tiver de sorrir… E o meu primeiro amor, bem, esse será sempre o primeiro amor, não quer dizer que eu decida que vai ser, pelo contrario, o primeiro amor impõe-se a ele mesmo, depois, bem, depois poderei ter vários amores que até poderão fazer com que não exista necessidade de pensar no primeiro amor, de me lembrar dele, mas ele irá sempre fazer parte, com o sem histórias, a contar aos netos ou não, mas como parte de mim, uma parte que até poderei esconder, mas uma eterna parte de mim… O primeiro amor é simplesmente o Peter Pan dos sentimentos, é o sentimento que se mantém eternamente criança, é o mágico e inocente sentimento que viverá para sempre na terra do nunca! E é aí que ele ficará, sempre pronto a ser recordado e revivido, mas somente na terra da magia, na terra em que o adulto volta a ser apenas criança, e ao passar para a realidade, para o mundo real, voltará tudo ao mesmo, às simples e constantes escolhas!

http://www.youtube.com/watch?v=A0lF65saBtk

http://www.youtube.com/watch?v=tylR55_7wZE&feature=related

sábado, 12 de setembro de 2009

Pensar mata

Ganhei a sina de ser o refúgio de quem se perdeu, de quem se perdeu por um caminho que não consegue encontrar mais, um caminho de sofrimento e tentativas de esquecimento. Tento encaminhar correctamente sempre mais alguém, sempre mais um bocado do que me é possível, do que me é humanamente aceitável!
Toda a gente sofre, todos nós já sofremos algum desgosto, estranho é quem nunca o sofreu, pois só não sofre quem não sente, quem não ama ou gosta de alguém, esse alguém que por vezes ficamos a odiar. O amor e o ódio andam de mãos dadas, são inseparáveis e egocêntricos, puxando a realidade abstracta de uma vida somente para o seu lado… Quem é que nunca odiou quem amou um dia, e quem é que não ama quem inicialmente odiou? Estes sentimentos são simplesmente modos de sentir, modos de querer explicar uma razão distorcida de um parênteses chamado “Vida”.
A vida é o elixir das inteiras desgraças, morre-se de amores e por amores, a vida obriga-nos a mudar de atitude sempre que um sorriso não for esboçado! E nessa altura, como que por acto de magia ou de castigo, um terceiro elemento acaba por existir , acaba por decidir se pretende explodir ou acumular todos os desejos impróprios para sorrir, para ser somente e pessoalmente como sempre me conheci, como sempre pensei, e o erro nasce daí… Pensar!...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

tempo...


“Deixa o tempo passar, deixa que o tempo sara tudo!”

Nunca percebi esta frase, este conceito ou mesmo concelho, nunca percebi porque para mim nunca fez, faz ou virá a fazer sentido! O tempo sara tudo? Será que falamos do mesmo tempo que faz feridas, que magoa, que cria ilusões na realidade abruta do sentimento, será o mesmo tempo? Preferiria dizer então de uma outra forma, “Deixa o tempo passar, deixa que ele sara as feridas que o próprio tempo criou!” Assim concordaria muito mais, assim ficaria muito mais elucidado face á função curandeira do tempo! O tempo não sara, o tempo não cura, o tempo simplesmente enfraquece, enfraquece o poder que deriva de tudo o resto…

“Deixa, deixa que o tempo acaba por fazer esquecer…”

Simplesmente irreal, irrealidade pura! Nada se esquece, apenas se despreza, apenas deixa de fazer sentido ou até mesmo necessidade... Nada se esquece, muito pelo contrário, tudo se recorda! Recordar é viver, certo? Errado, recordar é morrer angustiantemente como um corpo no deserto, como um corpo que anseia pela última gota de água que poderá existir mais á frente, um metro mais á frente! Recordar é como morrer lentamente, deixa de fazer sentido tudo o que aparece porque apenas nos focamos na recordação, uma recordação que nos consome, uma recordação que nos afoga as visões como um lago negro onde o mar não entra, onde não existe qualquer renovação sentimental… O sol brilhará sempre, mas sempre escondido, sempre á vista de todos e ao mesmo tempo fugidos dos olhos de quem recorda o seu brilho num determinado dia, numa determinada hora ou ate num mesmo momento, a recordação é uma fotografia tirada e posta na moldura de um espaço que jamais poderá ser completado, porque a recordação não completa, esvazia o texto fixando-se apenas no prefácio de uma história completa de “nadas”, de uma história cheia de vazios e holofotes que espalhem a imensidão de sentimentos tal como um sala de teatro em que se declama para um espaço de cor e paixão, ódio e horror, raiva e histórias, mais histórias de vidas de alguém que declamou toda a sua raiva e paixão marcando o seu ódio pela história que ninguém vivenciou! E estranhamente eis que surgimos a expressar o maior carinho por essa sala, essa sala que nem sequer entramos, que nem sequer ousamos tentar entrar, mas falamos, revoltos em ideologias e forças abstractas que nos garantem uma vitória muito antes de a batalha começar! E voltamos a recordar, a recordar de como tudo seria bom se a sala estivesse cheia, esquecendo o que de bom poderá acontecer se olharmos nos olhos de quem se senta nessa sala para nos ver a declamar a nossa raiva, o nosso ódio, a nossa paixão e a nossa história. Recordar é viver eternamente a morte, a nossa própria morte!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Vivo-me"

Eu vivo “descomplicadamente” a complicação de uma vida aos olhos de outra gente… Pode nem fazer sentido, mas vivo-o… Deixo-me levar por entre vontades próprias, por entre decisões rápidas e momentâneas, deixo-me simplesmente levar sem qualquer pudor de poder errar, ou de ser o oposto ao desejo que sonhei. Estranhamento vivo-o assim há já algum tempo, vivo-o em todos os sentidos vitais, em todos os sentidos de que se precisa para ser realmente VIVO. Não olho para trás do ombro, não quero pensar somente em passados, sobre o que poderia ter sido ou não, sobre o que mudaria, simplesmente creio que nunca iria mudar nada. Vivo com os olhos postos no presente, vivo a pensar no sorriso tridimensional que colocarei no meu rosto, no rosto desse alguém que está comigo, um sorriso rápido, sincero e único, único até no tempo que se perde em desamparos psicológicos que poderão advir no pós-sorriso. Levo ao meu ser o matar de sede da vontade, sou simplesmente um destemido, um ser que acordou repentinamente para uma curta e nada duradoura vida! Hoje a morte não me assusta, se me levar levará também o meu mau feitio, ou então fará a mais louca e risonha viagem pelo seu rio preferido! Vivo estupidamente e euforicamente cada segundo, e quando caio, caio de verdade, caio também desamparado e rijo, mas é nessa queda em que me levanto, levanto-me rapidamente para sorrir novamente, e sorrio á tua frente, á frente de quem me prega a rasteira, e á frente de quem calhar… É somente o meu sorriso, o sorriso é tudo o que eu tenho, o sorriso é a minha luz, é a minha vida e o meu tesouro… E se morrer, olha paciência, riam-se todos, riam-se em alto e bom som, pois poderia viver mais, muito mais, mas o que vivi, vivi-o com sentimento, com um sentimento puro e verdadeiro… Eu vivo “descomplicadamente” a complicação de uma vida aos olhos de outra gente… Vivo-o porque é assim que me sabe bem, e se todos aprenderem a viver assim, então que se queixem da “anarquia” que digam que a sociedade está imunda, que se revoltem os que vivem presos a uma corrente invisível e inquebrável chamada sociedade. Pois essas correntes já as quebrei, já prescindi da concordância de alguém só porque sabe bem ouvir, não, já não preciso mais disso, agora preciso é de me olhar ao espelho e sorrir, sorrir para mim, sorrir pois sinto-me bem como sou, pois sinto-me bem comigo assim, pois sou um ser que poucos conhecem, muitos inventam, mas que são raros os que realmente souberam aproveitar tudo o que de bom posso oferecer… Sou um livro de páginas escritas em branco, sou um livro sem capa, sem prefácio, sou somente eu, uma história complicadamente “descomplicada” aos meus olhos mas que se torna “descomplicadamente” complicada aos olhos de outra gente!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

São pequenas coisas...


São pequenas coisas…


São pequenas coisas que me fazem acordar com um sorriso estampado no meu rosto, são essas pequenas coisas que me alegram nos momentos em que não sei como seguir em frente… Em frente? Em frente do quê? Em frente para quê? Para nada, em frente de nada, apenas em frente, em frente com uma vontade enorme de ser a simplicidade do sorriso de alguém, em frente de conseguir ser o que se espera que se seja… Nunca assim fui, e possivelmente nem a minha vida me deixa ser, sou o eterno “Carneiro”, irreverente e destemido, senhor dos meus desejos e conquistas, voz de comando, mas, e se todo esse envoltos do suposto carneiro fossem errados? E se afinal esse carneiro que todos idolatram seja apenas um ser de sentimentos nobres, um ser de paixão ardente e de simples vontades e desejos…



São pequenas coisas…


Não gosto quando dizes que é melhor para mim não pensar em ti, não gosto porque não acredito que saibas o que dizes e que saibas o que é tão pouco melhor para mim… Tudo isto uma perda de tempo? Porque? E se este tempo não fosse uma perda mas sim um achado, um achado de me tornar mais adulto, de me encontrar com sentimentos mais nobres do que outrora sentia, já pensaste nisso? Nunca pensei que um texto que eu pudesse escrever fizesse tanto sentido como agora, num “post” num blog também meu, escrevi um texto intitulado “D. Juans morrem cedo” e hoje mais do que nunca sinto isso, e sinto-o verdadeiramente!




São pequenas coisas…

São pequenas coisas que me fazem lembrar de ti, e são dessas pequenas coisas que me faz nutrir grandes sentimentos por ti! Estranho? Demais até, mas infelizmente tenho um olho que nunca advinha quem devo de contemplar com o meu maior tesouro, mas isso, isso são outras histórias, outros quinhentos, isso são vivências e de vivências encontro-me repleto ou não fosse isto as “páginas do meu diário”!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Acorrentado a um estilo de vida... (mas nada me pede para fugir dele)


Ontem quis escrever mais um post, quis do passado de quero, mas pensei melhor e achei não o efectuar, preferi pensar sobre o que quero dizer face ao que queria! Mas acho que a realidade é a mesma de sombras passadas, apenas com uma questão diferente, é que desta vez fiz o meu teste, esqueci o mundo que me rodeia e mostrei a cara, uma cara que se escondia há já algum tempo, voltei a por o meu rosto ao mundo, voltei a dizer o que não sinto… Fiz-me do Homem forte que sofre e se esconde por detrás das muralhas de máscaras invisíveis, disse em alto e bom som:

“Sou o que era quando o era, sou o sorriso que mostrei a quem me conheceu sorrindo, eu volto a sorrir sempre que preciso, e sorrirei somente para mim… Sorrio para mim pois só eu mereço o meu sorriso!”

Permaneci com um sorriso forçado, um sorriso que utilizei sem que ninguém desconfiasse, e nesse instante o solteiro e sorridente Homem voltou a ter cotação de bolsa, voltou a ter uma margem de progressão fenomenal… Tive quem me abraçasse e quisesse beijar, tive quem me pedisse boleia para casa, quando a casa era apenas a dois minutos de caminho, tive quem me dissesse que eu continuava o mesmo vagabundo de sempre mas que continuava com o mesmo “palmo” de cara de que não conseguiam fugir… E aí pensei, pensei para comigo mesmo, e nesse pensamento duradouro mas rápido, um pensamento curto mas intenso apercebi-me que não era eu o centro da falha do meu sorriso, que não era eu quem estava mal! Até soa mal valorizar-me desta forma, mas desta vez é o que sinto, é que preciso de dizer, ou talvez não! O sorriso manteve-se, um sorriso de malandro, um sorriso de quem ainda não perdeu a escola apesar do que cresceu, que ainda exista quem olhe para mim e me deseje… nem que seja por breves momentos, mas existe alguém que ainda não me consegue resistir! Senti que o meu jogo nessa noite era errado, que o prazer de alguém se tornaria em pecado, um pecado que até eu me arrependeria, e arrependo, contudo precisei de ter a certeza que não era do meu rosto, que não era do meu corpo ou até mesmo da minha pessoa, tive que ter a certeza que cresci e que trocava tudo isto por algo mais, algo que simplesmente não se entrega a qualquer pessoa… E quando tudo mudar? Quando eu me cansar? E se eu tiver que ser somente o tio, se eu não for dotado para constituir família ou ser homem de família? E se eu for apenas um severo predador que foi caçado? A minha mente fez-se em luz, desfez-se em consolidações que nem eu percebo, e é dessas certezas consolidadas porque eu permaneço no negro da explicação não lógica de mim mesmo! Sou o ponto negro no negro céu que só brilha quando as estrelas querem que assim aconteça, sou a gota perdida no oceano á espera que alguém mergulho no conjunto de gotas em que habito, sou somente o respirar de um vendaval enfurecido, sou… Cada vez menos sei o que sou, mas de certo sou alguma coisa, e uma coisa é certa, testei-me a mim mesmo para perceber que o erro não habita me mim!

Se isso me faz feliz?

Não, isso foi apenas uma burocracia como tantas outras para que eu tentasse ficar bem comigo mesmo, para que eu pudesse olhar em redor de alguma coisa e dizer, sim ainda sou capaz de ser predador! Sim ainda sou “malandro” e “bandido”, sim ainda sei viver neste mundo louco de engates, neste mundo onde não existem desgostos nem mágoas, onde não existem compromissos nem “contratos” sentimentais… Onde…

Isso fez-te sentir melhor?

Infelizmente não, infelizmente não me conseguiu por melhor, não me conseguiu curar em nada do que sinto… Mas provou-me que eu apesar de tudo ainda sou bem capaz de vingar neste mundo, mesmo com um sorriso falso, mesmo com as mãos a tremer quando vir quem anseio ver, mesmo com palpitações eloquentes, mesmo com um batimento cardíaco que nem tão pouco alguém os possa contar ou sequer acompanhar, mesmo com brilhozinho nos olhos, mesmo com alguma coisa que me denuncie, ontem consegui provar a mim mesmo que consigo ser o mesmo “gaiato” parvo e estúpido de mundo “vadio” sem poiso ou responsabilidade amorosa…

E?

E nada, porque simplesmente trocaria toda esta minha capacidade só para ouvir novamente o que eu quero ouvir, só para estar mais uma vez contigo… Mas, e também, não me poderei perder e ontem provei que sei que não me perco…

Voltei a ser o Mestre Millenniu, será?



Duas músicas, duas letras, o mesmo conceito, o mesmo significado, a mesma vontade de explicar o inexplicável, a mesma vontade de gritar baixinho o que preferia gritar ao sete ventos!


a)John Mayer - Say what you need to say






b)Xutos e Pontapés - Mundo ao Contrário



segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Saudades, simplesmente saudades...


E sem querer, lá estava eu, hoje, novamente a falar de ti, a falar de algo que eu tentei esquecer… Lá estava eu sentado a ouvir a música que me fez anular toda a compreensão que devia de ter e que em troca me trouxe um aperto, um aperto que não sei explicar… Leio, leio demais mas acabo sempre no mesmo texto, no texto que mais me marca, no texto que me leva ao fundo, no texto em que as tuas palavras simplesmente não me levam a qualquer ilusão, a qualquer vontade de lutar, que me retiram a força que ganho quando te esqueço! Queria demais mudar todo o enredo de uma história, mudar o final de uma história inacabada, será isso possível? Ultimamente tenho dúvidas a mais e certezas a menos, isso tem sido a minha irrealidade em volta de uma realidade que não quero ver e que ao mesmo tempo quero esquecer… Nada é fácil, e hoje, quando me sento e leio o mesmo texto vezes sem conta ao mesmo tempo que oiço a música que me elimina todas as explicações lógicas desta dura e incoerente realidade, sinto, penso em ti… Penso em ti demasiadas vezes, penso em ti mais do que devia, penso porque inexplicavelmente começaste a fazer parte, parte de algo que ainda não sei compreender… Estranho? Demasiado estranho porque sinceramente nunca fui assim, nunca pensei demasiado tempo por algo ou alguém a quem eu me sentisse completamente inútil, sim inútil, de uma inutilidade em que não sei o que dizer ou que fazer, a quem eu simplesmente não consigo apagar… Sinto uma felicidade infeliz de saber o quanto gosto, o quanto queria conseguir mudar o teu mundo, mas esse não seria eu, eu sou aquele que compreende o incompreensível, sou aquele que sabe esperar, que sabe gostar e que desta vez, que desta vez aprendeu a sofrer! Porque a saudade me destrói por dentro mantendo um sorriso louco por fora, completamente intransponível e decidido, mas falso, desta vez mostro um Eu falso, um Eu que sorriu dantes e que anseia por sorrir outra vez. Tal ventania, tufão ou até mesmo furacão, entraste sem pedir licença, entraste como uma breve brisa, como um breve sopro e tomaste tudo o que havia possível de se tomar, tomaste-me por inteiro, sem excepções nem bocados, levaste o todo que havia dentro de mim. Esqueci o meu mundo, esqueci o futuro, entreguei-me a um presente que não podia ter sido tão drasticamente vivido… Será? Seria capaz de mudar tudo? Seria eu capaz de ter virado a cara ao encontro dos nossos lábios? Teria eu sido capaz de rejeitar o perfume do teu corpo? Esse perfume que me levou e encorajou a navegar sem qualquer mapa pelo teu corpo, á descoberta do mistério que a lua nos trouxe, para o espaço perdido para onde a lua nos levou? Creio que não, creio que me perderia novamente, da mesma forma, no mesmo instante e com a mesma intensidade! Simplesmente PORQUE SIM, sem qualquer razão inexplicada, só porque SIM, um SIM de vontade, um SIM de querer levar o mundo a gritar a vontade de te ver… Sim perderia me mil e uma vezes se possível, perderia me contigo, e perderia me só para te voltar a ver, sentir-te e dizer que sim Gosto de TI.

Saudades, são simplesmente palavras de saudade!




domingo, 6 de setembro de 2009


Tentei dormir em vão, tentei porque não consegui, voltei a rebolar por entre os lençóis desta minha solidão, de uma solidão tão presente em mim. Desenhei palavras com a ponta do meu dedo no céu negro, juntei o brilho das estrelas tentando decifrar aquilo que eu próprio consegui complicar… Fotografei momentos inesperados por entre as sombras da minha rua, por entre as sombras do meu pensamento. Esqueci provérbio e esqueci tudo o quando me faz sofrer, esqueci por apenas alguns segundos, mas foram uns segundos bastante intensos. Desacreditei sobre a realidade que tenho vivido, sobre uma realidade paralela, uma autêntica janela do meu mundo paranormal… Larguei palavras impossíveis, larguei-as ao vento para que ele tas pudesse levar, espero que as tenhas recebido, espero que as tenhas entendido.
“Vesti-me a rigor, vesti-me qual cavaleiro das cruzadas, levava comigo um cavalo branco, um cavalo branco de crina longa e doirada, e na mão, na mão trazia um ramo de flores, Gerberas, pela primeira vez não inclui uma única rosa, não entendi esse conceito, mas usei, usei-o por algum motivo que ainda hoje desconheço. Esperei-te, esperei por ti horas intermináveis, e quando chegaste, nesse instante percorremos por entre o tempo, um tempo só nosso, um tempo que conseguimos desfrutar. Chegando ao destino, um destino tal qual filme, um destino demarcado pelo areal de oiro, um mar de nuvens e um sol de paixão. Corpos que se uniram, dois corpos que se tornaram em apenas um, os suores, os suores misturavam-se a cada suspiro, a cada gemido de total paixão. Olhei-te nos olhos, disse que gostava de ti, disse que tinhas sido a melhor coisa que me tinha acontecido durante esta fase negra, declarei-me a ti, tu olhaste-me, penetraste nos meus olhos como que sugando toda a minha força, como que me enfeitiçando com o teu ar doce e meigo, fintaste todas as minhas barreiras e soltaste um suspiro, um suspiro longo e apaixonante, e nesse instante quando te preparavas para soltar as palavras por que tanto eu ansiava, eis que acordo e tudo volta a ser apenas a minha cama, uma cama na qual não consegui dormir, uma cama onde a lua continua a espreitar por entre os meus cortinados na esperança de nos encontrar definitivamente juntos… E é nessa esperança que continuo a tentar manter-me acordado, acordado dentro de um sonho que tenho mantido vivo!

http://www.youtube.com/watch?v=Kwynr6vCcgk

sábado, 5 de setembro de 2009

Tempo para sonhar...


Tempo?

Agarro o relógio que me fez ver e aperceber do tempo que perdi, guardo-o no bolso na esperança que o tempo pare, que o tempo deixe de avançar. Sonho com cada letra de uma mensagem tua que teima em não chegar, que teima em distanciar cada vez mais a proximidade que a noite fez com que existisse. Deito-me e espero, não posso fazer nada mais, espero como que se dependesse apenas de um tempo que teima em não aparecer, de um tempo que teima em não passar, e durante todo esse tempo que não existe, que só existe numa explicação não lógica de um medo da realidade que se gerou, que eu tento arranjar desculpas indesculpáveis para toda a minha sincera vontade de te ver outra vez… Não preciso de ti para viver mais um dia, não preciso de ninguém, mas hoje quero, e o meu querer é o meu propósito de viver, e quero, quero muito estar novamente com o brilho que um dia vi, com o brilho que um dia quase brilhou comigo.
Por isso estou aqui, deitado, á espera de que tudo possa ser vivido… Passei uma borracha em torno do que me proibia de esperar, passei porque não sei viver com dois rostos, porque só tenho um sorriso, e neste momento quero-te entregá-lo somente a ti, a mais ninguém, espero que o aproveites, pelo menos para que sorrias, para que possas sentir algo mais do que uma mágoa, mais do que um sentimento de injustiça para com quem se entrega… Será isso a vida? Uma escolha incessante de possibilidades lógicas? Será que não poderemos viver pensando no presente sem escolhas para um futuro que poderá nem sequer chegar… A vida é curta, infelizmente eu presenciei isso, presenciei da pior forma possível, e foi dessa forma que eu aprendi a querer viver no limite, a querer apaixonar-me rapidamente e de uma forma quase interminável é dessa forma que me sinto feliz, é dessa forma que me sinto como que flutuando por entre as nuvens…
E se tudo estiver destinado a acontecer de alguma forma, e se o Universo conspirar para que o que tiver de ser acontecer? Então e de uma forma que pode simplesmente desmoronar a realidade própria, poderá levar também os sentimentos a serem construídos e levados por entre amores de infância! Tudo muda, o rosto, a forma de estar, o cabelo e a roupa com que se veste, mudam-se as vontades e mudam-se os segredos, mas o que não se muda é o passado, e o passado tem de ser aprendido a ser vivido, compreendido e finalizado. Mas o meu passado, o meu passado presente que tive contigo não quero compreender, não o quero finalizar, apenas quero vive-lo novamente….
E sim, penso e sonho contigo...



sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Grito...


Posso gritar?


É que sinto uma vontade louca de gritar tudo o que eu tenho preso na minha garganta, tudo o que me sufoca… Quero… Preciso de gritar as palavras mais estapafúrdias que possam ser interpretadas, ou mesmo que sejam incompreendidas, o que interessa é que eu preciso de gritar aos sete ventos todas estas palavras que bloqueiam o meu raciocínio. Sinto-me enclausurado dentro da minha mente, consigo amarrar-me sem amarras, deixei que as palavras que penetraram a minha vontade se tornam-se numa prisão… Não sei viver com isto… Não sei viver como um pássaro engaiolado, como um pássaro que vê o céu mas que não consegue voar por entre as nuvens que um dia provou. Conheço-te sem te conhecer, será? Isso é um passado bem presente, um passado que ficou gravado, mas que tento apagar, que tento eliminar… Então preciso de gritar, vou á janela e grito a Marte, grito forte para que se oiça em todo o sistema solar, em todo o Universo! Rejeito um futuro com base num passado, mas o que sei é que palavras que nunca disse ficam em ebulição dentro do meu ser, já não passa um dia se pensar no que não devia, em pensar no que era ou podia ser… Deixem-me gritar, preciso mesmo de gritar… Já não me consigo controlar, tornei-me num vampiro ansiando por mais um bocado, um bocado de um desejo, um bocado do seu doce mel de pecado.

É agora que grito?

Talvez a lua volte a brilhar, talvez o sol que brilha de dia se junte com a lua e os dois façam o eclipse do teu brilho, do brilho estrelar que jurei que nunca mais quereria ver, tento cumprir essa mesma jura, por mais dolorosa que seja, por mais injusto que te possa parecer, agora sou mais eu e menos tu! Não sei lidar com palavras que não digo, não sei caminhar por entre mapas errado, o que sei é que mesmo errado algum dia poderá estar certo, ou não fosse um relógio parado estar certo duas vezes por dia! E é esse desejo louco de tentar ser feliz que me sinto como um simples e insensível animal, possivelmente até serei esse mesmo animal, ou então, sou tão diferente do meu mundo que estando certo torno-me na pessoa mais errada, será?

Vou gritar...

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Soltei a raiva? Não, preciso de gritar as palavras certas, gritar tudo quanto me sufoca e para isso preciso de gritar sozinho junto ao meu precipício, preciso de matar literalmente este desejo de te querer devorar mesmo sabendo o que sei, sem palavras, sem raivas, sem histórias… Só porque sim, simplesmente por que sim, sem qualquer razão lógica, sem qualquer explicação… Mas infelizmente nem tudo o que se quer é possível e por isso prefiro matar esta ansiedade “parva” e inconsciente.

Então saio, olho o céu, vejo o Universo e o tão grandioso em que se transformou, já não peço desejos porque não quero que ninguém interfira, olho para as estrelas, brilham de uma forma diferente, chovem estrelas como que me encorajando a pedir o desejo, então poiso em mim mesmo toda a razão que outrora estudei, respiro fundo e grito…



http://www.youtube.com/watch?v=QEnWY744aHY

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Samurai


Sei o que sou quando acordo, mas perco-me no segundo seguinte, perco-me por entre espaços que me enchem o vazio que sinto… Um vazio que não percebo nem quero perceber, um vazio que me trouxeram para tapar um outro vazio… Então esqueço, esqueço o meu vazio, mas perco-me na decisão de decidir qual deles eu quero esquecer, então, e numa força repentina esqueço os dois, lanço-os ao poço do meu esquecimento, um poço que transborda a cada segundo que passa, um poço que não percebo o seu significado pois mostra-me tudo o quanto não sei viver… Então tento aprender a conviver comigo mesmo, algo a que já me habituei, algo a que eu não sei viver, sou um solitário, um guerreiro solitário… Percorrerei o caminho que me está traçado, o caminho que me foi destinado, chegarei ao meu destino custe o que custar, pois esse destino é o que me levará a conhecer o meu verdadeiro EU, que me chegará a colocar “uno com o meu Universo”!
Deixo que o vento me sopre ao ouvido, ele trás os segredos que não sei desvendar, que não sei como interpretar, então eu oiço-o, deixo que me diga o que fazer… Cruzo as pernas e sonho, não oiço ninguém ao meu redor, entro no meu estado “Zen” para que possa ressuscitar como a Fénix, para que possa a voltar a nascer das minhas cinzas, e nasço, mas nasço mais forte, mais resistente ao que outrora me derrubou… Sigo o rumo do rio, sigo-o porque faz sentido olhar em torno de todo o meu passado. O meu passado é o meu mapa, é nele que me guio para que não me volte a perder, para que possa caminhar mais forte e mais possante.
As estrelas brilham a cada olhar meu, sei reconhecer o seu brilho, reconheço-o como o brilho mais puro, mas nesse instante a estrela mostra que brilha quando quer, mostra-me o quão forte pode ser, mostra-me em como é muito superior ao meu fraco sentido de resistência, mas aí, aí eu paro de olhar, envergonhado e maltratado baixo o rosto, deixo de seguir o seu brilho para que não seja indelicado e indesejável. O tempo curou o meu olhar, deixei de querer ver o que me fazia sorrir, mas nesse instante a estrela sente que era importante a cada olhar meu, e que não existia apenas um, mas sim uma cumplicidade de dois sentidos lógicos. O seu brilho só fazia sentido quando os meus olhares se deslumbravam.
Deixo que o tempo passe, o tempo é infinito, o tempo é interminável, por isso deixo que ele passe. Mais tarde ou mais cedo o tempo terá o meu lugar ao seu lado e será nesse instante que eu terei o meu tempo de vida, por enquanto, apenas aprendo a tentar conviver com um tempo que ainda não chegou, um tempo que ainda não é meu!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Hoje acordei e vi como o sol brilhava


Hoje acordei e vi como o sol brilhava...

"Brilhava"... Nunca sequer notei no seu brilho, mas sei que brilhava pelo calor que sentia quando passo ante passo caminhava para o meu trabalho...

"Brilhava"... Sei que sim porque sorri ao por o pé na rua, senti o bafo do seu respirar quando coloquei o rosto no seu profundo e sincero suspiro...

"Brilhava"... Sim, porque o sol sempre brilha, mesmo de noite o Sol brilha, porque o Sol é um relógio contínuo, é o desejo de felicidade...

"Brilhava"... Oh meu Deus, tantas palavras soltas ditas sem sentido, sem razão ou explicação, profanei o seu brilho e ele sempre brilhou...

"Brilhava"... Sim porque a minha Azume fez com que ele brilhasse, fez com ele volta-se a sorrir...

"Brilhava"... Porque agora de noite, na altura em que deito o meu rosto na suave e confidenciada almofada, suspiro, suspiro porque sei que ele amanhã vai brilhar, porque ele amanhã vai me mostrar o quanto eu sei que sou um poço de felicidade e porque simplesmente a vida sem me abençoar, mostra-me a força, uma força mesmo que fracassada por mim, faz-me ver os resultados possíveis na vida de um guerreiro como eu, porque mesmo que quase morto continuarei a respirar e a lutar, e só serei enterrado quando a velha senhora assim o desejar. Por isso, e até lá, o Sol vai brilhar para mim, mas melhor, brilhará comigo, brilhará a cada passo que eu der em direcção á sua vida!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Questionário a uma vida...

Bom?
Óptimo…


Normal?
Perfeito…

Simples?
Complicado…

Sentimento?
Perdido…

Sorriso?
Sempre…

Gostei?
Adorei…

Melhor?
Sempre…

Amanha?
Não sei…

Conversas?
Já não quero mais…

Desejo?
Tento esquecer…

Mudava?
Não, mantinha igual ao que foi…

Mudava?
Já disse que não…

Amanhã?
O tempo o dirá…

Palavra?
A partir de agora guardo-as comigo…

Queres?


Pensas?


Então?
Prefiro não dizer nada, a dizer coisas que simplesmente não consigo fazer com que se compreendam…

Porquê?
Porque cada um tem o seu espaço e eu preciso do meu para voltar a ser o Mestre Mill3nniu!