Perguntei ao céu qual a explicação para o tamanho sentimento de revolta que o meu corpo sentia pela vida, perguntei solicitando, quase que obrigando o céu a dar a sua resposta sábia... O céu, esse nada me disse, manteve-se quieto e silencioso, permaneceu no seu negro e angustiante tom a que nos habituou nas noites de inverno! Abri os olhos, rezinguei, perguntei de uma forma mais abrupta o significado deste estranho sentimento, precisava de ter as certezas do que cada espaço desse sentimento queria dizer, era talvez a necessidade da expressão "como pão para a boca"... O sentimento estranhamente manteve-se inalterável, intensificou-se marcando cada bocado do que poderia algum dia vir a sentir, parecendo até ele próprio que queria marcar a sua presença, uma presença possante e até quase vital. Corri, as ruas torneias nos meus esconderijos, esconderijos que facilmente eram decifráveis, esconderijos bem à vista dos olhos de toda a gente! Corri, corri mais um bocado e continuei a correr até que esbarrei contra uma parede, uma parede vinda do nada, uma parede que certamente apareceu como que por milagre! Quatro portas embutidas nessa parede, apenas uma seria a porta pela qual poderia passar e continuar a correr, todas elas deixaram a minha corrida continuar, nenhuma delas trazia um pedaço de alma amaldiçoado, nada disso, eram apenas quatro simples portas diferentes das quais teria que escolher uma para continuar a tão esperada corrida... Qual escolher, qual a porta, onde me levará cada passagem... O medo, o medo encontrou-me bem mais depressa do que eu esperava, o medo de escolher errado levou a que simplesmente não escolhesse nada de nada, não abri nenhuma das portas, sentei-me, apenas sentei-me a meditar sobre a decisão simples de apenas abrir a porta!
Deixei passar o tempo, a idade chegou, as primaveras passarão e os Verões acabaram comigo sentado e, e as quatro portas permaneciam simplesmente fechadas... Levanto-me, olho à minha volta, fixo as portas, os meus olhos circulavam pelas passagens, cada porta um enigma, cansado de enigmas, cansado de ter de escolher coisas difíceis, qual das portas me levaria ao quê? Recuo um passo, dois, meia-volta e corri ao encontro da partida, corri por entre as ruas que me escondiam de uma forma tão fácil de achar, parei... Olhei o céu e reparei que tinha acabado de fazer uma escolha, que tinha acabado de escolher o caminho que não estava diante dos meus olhos, baixei a cabeça e absorvi todos os embates negativos do que nunca pensei fazer! Gritei... "ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh" e nesse ataque de fúria, voltei corri e corri, corri pelas ruas, corri até ás portas, e corri mais um bocado... cheguei ás quatro portas, abrandei mas não parei, sorri, corri pela primeira porta que me apareceu e ... E nada, fiz apenas uma escolha de uma simples porta que em nada tinha mudado a minha vida, caí, deitei-me no chão a rebolar pelo verde verdejante que por baixo de mim brilhava, olhei o céu, já não era mais negro, agora era colorido, colorido como os tons do Alentejo! Sorri novamente e pensei para mim "e agora?" Olhei para cima, para o céu colorido e perguntei gritando " E AGORA?", o céu mais uma vez, apesar de estar com tons bem mais alegres, nada me respondeu... Baixei a cabeça e reparei que tinha que começar a correr de novo para procurar mais portas, apenas com uma diferença, agora não ia deixar que o medo me encontrasse e muito menos deixar aquelas primaveras todas passarem á minha frente! Agora era eu que comandava... Pelo menos era o que pensava!
http://www.youtube.com/watch?v=ew2eWXAWVfc&feature=related
Deixei passar o tempo, a idade chegou, as primaveras passarão e os Verões acabaram comigo sentado e, e as quatro portas permaneciam simplesmente fechadas... Levanto-me, olho à minha volta, fixo as portas, os meus olhos circulavam pelas passagens, cada porta um enigma, cansado de enigmas, cansado de ter de escolher coisas difíceis, qual das portas me levaria ao quê? Recuo um passo, dois, meia-volta e corri ao encontro da partida, corri por entre as ruas que me escondiam de uma forma tão fácil de achar, parei... Olhei o céu e reparei que tinha acabado de fazer uma escolha, que tinha acabado de escolher o caminho que não estava diante dos meus olhos, baixei a cabeça e absorvi todos os embates negativos do que nunca pensei fazer! Gritei... "ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh" e nesse ataque de fúria, voltei corri e corri, corri pelas ruas, corri até ás portas, e corri mais um bocado... cheguei ás quatro portas, abrandei mas não parei, sorri, corri pela primeira porta que me apareceu e ... E nada, fiz apenas uma escolha de uma simples porta que em nada tinha mudado a minha vida, caí, deitei-me no chão a rebolar pelo verde verdejante que por baixo de mim brilhava, olhei o céu, já não era mais negro, agora era colorido, colorido como os tons do Alentejo! Sorri novamente e pensei para mim "e agora?" Olhei para cima, para o céu colorido e perguntei gritando " E AGORA?", o céu mais uma vez, apesar de estar com tons bem mais alegres, nada me respondeu... Baixei a cabeça e reparei que tinha que começar a correr de novo para procurar mais portas, apenas com uma diferença, agora não ia deixar que o medo me encontrasse e muito menos deixar aquelas primaveras todas passarem á minha frente! Agora era eu que comandava... Pelo menos era o que pensava!
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